Segundo
o dicionário da língua portuguesa, pirata é indivíduo que pratica a pirataria,
sozinho ou em grupo atravessa os mares para a execução de saques e pilhagens à
navios e cidades para obtenção de riquezas e poder.
No
ano de 2009 uma série de ataques e sequestros à navios mercantes na Costa da
Somália, chamou atenção do mundo para uma das mais importantes e mais perigosas
vias de navegação do mundo, o famoso Chifre da África. Os piratas atuavam de
forma muito organizada e com táticas bem planejadas. Utilizando-se de
equipamentos como radares e aparelhos de GPS para rastrear e localizar seus
alvos. Com lanchas pequenas e muito rápidas, perseguiam e subiam a bordo usando
equipamentos como escada e cordas. Além disso, contam com armamentos militares
de grosso calibre (lança-granadas, rifles ak-47).
Esta
pequena introdução caracteriza a história contada no filme Capitão Phillips
(Captain Phillips, 2013), dirigido
por Paul Greengrass, diretor inglês mais conhecido por ter feito os dois
primeiros filmes da Trilogia Bourne, e estrelado por Tom Hanks. É um filme
dramático com muitos elementos de ação e tensão extrema. O enredo do filme é baseado
em fatos extraídos do livro de Richard Phillips (A Captain’s Duty: Somali Pirates,
Navy SEALs, and Dangerous Days at Sea), ex capitão do navio cargueiro MV Maersk Alabama.
O
filme começa com Rich Phillips arrumando as malas para mais uma viagem a
trabalho, cortando para uma cena bem do cotidiano em que ele conversa com sua
esposa sobre a situação dos filhos e sobre o futuro dos mesmos. O filme faz
questão de contextualizar e monstrar o abismo que existe entre o cotidiano
norte americano com o dia-a-dia dos habitantes da Somália e da maior parte do
continente africano.
Abduwali
Muse (Barkhad Abdi) e outros habitantes de sua vila trabalham para uma
organização criminosa que atacam navios mercantes, petroleiros e todo tipo de
embarcação que possa lhes prover dinheiro, bens de valor, ou alguma vantagem.
Conforme
relatado no filme o Capitão Richard Phillips tinha muita experiência nos mares
e já sabia da ameaça pirata, sendo assim, treinava situações de ataque e possuia
algumas ferramentas, certos procedimentos, que poderiam ser usados em uma
possível investida pirata. Mas mesmo com a experiência e treinamento, no dia 08
de abril de 2009, o Alabama teve seu convés invadido e rapidamente o passadiço
foi rendido e ocupado por 4 bucaneiros somalis entre eles o líder, Muse.
O
filme possui cerca 2 horas e 14 minutos de duração e entrega o que promete, tensão
constante, além das excelentes atuações de todo elenco, especialmente os piratas
somalis e o capitão Phillips que Tom Hanks interpreta de forma fantástica e
tornando-se assim novamente favorito ao Oscar em 2014.
Capitão Phillips é um excelente filme, de drama,
ação e suspense (principalmente para aqueles que não sabem o que aconteceu no
sequestro do MV Maersk Alabama). As
cenas se desenrolam com muito realismo e tensão, fruto da técnica de filmagem
do diretor junto da trilha sonora imersiva. Destaque especial para atuação de
Barkhad Abdi (Abduwali Muse), que fez sua estréia nos cinemas de maneira
fantástica.
Curisiodades:
1) Uma das polêmicas que o filme causou é o fato de
focar apenas no livro de Richard Phillips, que retrata apenas a visão do
capitão, gerando críticas por parte da tripulação que alega que nem tudo que
está contido no livro realmente aconteceu, ou que aconteceu de outra forma. A
propósito, de acordo reportagem do jornal americano New York Post* um dos
membros da tripulação chega a culpar o capitão pelo sequestro do návio.
Conforme palavras de Deborah Waters (advogada de 11 dos marinheiros que
processam as linhas Maersk por não ter sido oferecido segurança suficiente para
tripulação): “A tripulação implorou a Phillips
para não passar tão próximo à costa da Somália e ele disse que não teria medo
de piratas ou mudaria seu curso por causa deles”.
2) Paul Greengrass, o diretor do filme, é conhecido
pela forma frenética de filmar com câmeras em movimento e por manter um clima
de suspense entre equipe e elenco. “Greengrass não falava como queria
a cena. Ele preparava o cenário e dizia: ‘Vamos ver o que acontece’”; “Seu
desejo por verossimilhança e honestidade era a única forma de seguir com esse
projeto”, diz Tom Hanks.
Vixe, esse é sangue nos zóio!
ResponderExcluirparece ser bem massa!!! Vou conferir...
ResponderExcluirFilme foda demais! Excelente!!!
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