EIS A QUESTÃO!
A
indústria de entretenimento e informação cresce em um ritmo vertiginoso, tanto
no que se refere à quantidade de obras produzidas nos últimos anos, na
quantidade de potenciais consumidores bem como no calibre das cifras envolvidas
no seu processo de elaboração, execução, marketing e distribuição. São monumentais
e onerosos filmes, seriados, jogos eletrônicos, músicas, livros e etc. A indústria,
que ainda é regida pela velha estratégia mercadológica pautada em produtos
físicos, trata os bens de ordem cultural e intelectual - e então imaterial - com
uma materialidade exacerbadamente inadequada ao atual contexto. O alto preço
para aquisição desse tipo de produção possivelmente advém, além da alta carga
tributária no caso dos brasileiros, do repasse dos custos da fabricação somados
com uma grande margem de lucros (nada que surpreenda, pois se trata de
capitalismo e é assim que ele funciona). O ponto problemático é que os
potenciais consumidores jamais pagarão por algo que eles acreditam ter um preço
injusto ou além de suas capacidades financeiras. Não seremos ingênuos, se eles
podem conseguir o mesmo produto gratuitamente, eles sempre consideraram “preço
justo=zero dinheirinho”. Em países mais pobres ou desiguais, isso é uma regra muito
mais enraizada, mas não se exclui os países desenvolvidos. Prova disso que
países com alto padrão de vida e excelente poder aquisitivo por parte da
população, continuam pirateando, obviamente com índices bem abaixo em relação
aos demais.
Football Manager: o game mais pirateado de 2013! |
O premio de seriado mais pirateado vai para... |
Muitos
argumentam que a pirataria prejudica a indústria de entretenimento, pois os
próprios funcionários e/ou artistas terão que arcar com os prejuízos e
desabonos. Existem ainda aqueles que esbravejam que com a pirataria, a indústria
recebe menos dinheiro e assim a qualidade das produções cairiam. O fato é que
nenhum artista e/ou funcionário perdeu emprego por conta da pirataria e nenhum também
deixou de perder em tempos anteriores ao que Jack Sparrow entrou em ação, nenhum
garantidamente teria aumento de seus ganhos ou parariam de ser explorados caso
a pirataria acabasse. Ademais, a qualidades das produções não está decaindo,
muito pelo contrário está cada vez aumentando mais, a revelia do aumento dos caribenhos
online.
Ao
que me parece, a luta dos antipiratas é muito mais uma luta dos deuses da indústria
pela manutenção dos lucros exorbitantes, do que uma luta por uma justiça
autoral e produtiva.
Não
defendo a pirataria nua e crua, mas temos que reconhecer que é hora do mercado
de entretenimento inventar fórmulas bem interessantes e atrativas (a Steam deu
um passinho bem legal, mas é preciso mais) para que os seus consumidores não recorram
aos sites “alternativos”. Quem sabe é hora da própria indústria se reinventar,
deixando o vírus do alternativo e independente os contagiar definitivamente e
saber fazer bom uso desse fator mutagênico X. Isso significa que políticas policialescas
ou repressivas/opressivas antipirataria (leia-se: Microsoft) não farão nada
além de aumentar a própria força da pirataria, estimulando a elaboração de fórmulas
cada vez mais sofisticadas de burlar os sistemas, conforme o desejo humano
demandar. Outra opção é deixar os piratas em paz...
Qual a opinião de vocês sobre esse
assunto bem mamilos? São contra ou a favor? Não vale deletar o arquivo mp3
correndo ai hein. Não se esqueçam de curtir nossa fanpage no Facebook!
Por Pedro Costa
Por Pedro Costa
Muito bom post cara!! Realmente a gente fica na dúvida do que consumir... preços abusivos e a não valorização do consumidor fazem com que pensamos muito antes de comprar alguma coisa!
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