segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Do Fundo do Baú: O Castelo Animado


Em mais um post da série Do Fundo do Baú, hoje falaremos sobre mais uma obra de arte do mestre do cinema de animação japonesa, Hayao Miyazaki. Depois de comentarmos sobre o filme A Viagem de Chihiro no post passado, chegou a hora de analisarmos O Castelo Animado.

O Castelo Animado (2004) é um filme de animação dirigido por Hayao Miyazaki e produzido pelos famosos Studios Ghibli. Sua história é uma adaptação do premiado livro Howl’sMoving Castle (1986), da escritora inglesa Diana Wynne Jones. O filme de Miyazaki além de ganhar diversos prêmios em vários festivais de cinema por todo o mundo, foi também indicado ao Oscar de Melhor Filme de Animação do Ano de 2006.

A obra se passa em um mundo de fantasia e narra a história de Sophie, uma jovem sem muitas ambições, e que se vê obrigada a cuidar dos negócios da família (uma chapelaria) nas terras de Ingary. Certo dia nossa heroína sai do trabalho para visitar sua irmã Letty, quando é abordada por militares que a tratam de maneira desrespeitosa, sendo salva por um jovem misterioso. Posteriormente, Sophie vem a descobrir que aquele rapaz é o famoso mago Howl, o mestre do castelo animado.

Na volta para casa, Sophie é surpreendida por uma bruxa que lhe lança uma maldição roubando sua juventude e beleza. A moça (agora idosa) então resolve rumar sozinha para longe do único mundo que conhece, em busca de um novo lar. Assim se inicia de fato os acontecimentos dessa bela obra, e aos poucos vão sendo apresentados um por um os personagens principais da obra, como por exemplo Calcifer (demônio do fogo que movimenta o castelo), o próprio Howl em suas várias formas, Markl (jovem aprendiz de Howl que vive no castelo) e assim por diante.

Como é de praxe em toda produção dos Studios Ghibli, os elementos técnicos são executados de maneira perfeita. Existe um capricho muito grande nos traços e peculiaridades utilizados em cada personagem, objetos são colocados e detalhados com perfeição em cada cena, e os cenários são simplesmente de cair o queixo, é espetacular.




Outros elementos que estão enraizados nas animações japonesas são os roteiros bem trabalhados, diálogos extensos e profundos, personagens marcantes e bem diferentes uns dos outros, não existe preguiça no desenvolvimento de cada personagem que compõe o filme. Um exemplo do esmero com os personagens é Sophie, que no início do filme era uma jovem melancólica e solitária, mas que no decorrer do filme, e com uma maldição nas costas, é obrigada a crescer e desenvolver uma personalidade forte que não tinha antes.

Cabe também uma menção honrosa aos efeitos sonoros e trilha sonora, pois, novamente, Joe Hisaishi (já citado no post sobre A Viagem de Chihiro) aparece com seu excelente trabalho em belíssimas canções que adicionam ainda mais emoção e envolvimento entre o espectador e o filme. Ressalta-se também o ótimo trabalho de dublagem dos personagens, o capricho e bom trabalho tanto na língua japonesa (linguagem original) quanto na inglesa. As vozes fazem parte de cada personagem, é incrível como em nenhum momentovocê fica com aquela impressão do tipo “essa voz não encaixa com esse personagem”.

O Castelo Animado, Howl’s Moving Castle ou Howl no Ugoku Shiro (nome original), entrou com certeza na minha lista de melhores filmes que já vi. A história envolvente somado com todos elementos técnicos dão a esse filme um nível de qualidade muito alto, que só acrescenta força aos Studios Ghibli. Obra extremamente recomendada para todos que gostam de belíssimos filmes e também para os fanáticos por animação.



E você? Já assistiu ao filme? Deixe seus comentários abaixo e curta o Bad Bloc no facebook! Grande abraço e até semana que vem!

Por: Japa




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