sábado, 30 de novembro de 2013

Ascendente ou permanente falta de originalidade do Cinema?


HQ’s, romances, vídeo-game, contos e etc. São diversas as fontes de onde se extraem elementos para se produzir uma obra hollywoodiana. Estamos presenciando uma era cuja inundação de roteiros adaptados tomam os quatro cantos do ateliê da sétima arte. Muitos diriam que é um exagero dizer que é exclusivo da contemporaneidade tal falta de originalidade, tendo em vista que diversos filmes de sucesso e relativamente antigos, também foram adaptações  - vide Bebê de Rosemary (1969), Tubarão (1975) e Rambo (1982). Além disso, o site Cineinblog nos revela que dos 84 vencedores da categoria Melhor Filme no Oscar desde a primeira premiação, em 1929, apenas surpreendentes 28% foram obras originais.
Talvez seja de fato crônico o problema de falta de originalidade no cinema (em especial, o americano), mas é impossível negar que atualmente tais filmes estão cada vez mais em evidência e orbitam em torno de cifras astronômicas (são os Blockbusters perfeitos). Vejamos o top provisório top 10 de bilheteria este ano:

1)    Homem de ferro 3
2)    Meu malvado favorito 2
3)    Velozes e Furiosos 6
4)    Universidades Monstros
5)    Homem de aço
6)    The Croods
7)    Guerra Mundial Z
8)    Oz: Mágico e Poderoso
9)    Além da Escuridão - Star Trek
10) Pacific rim


 Por incrível que pareça os roteiros originais são representados principalmente pelas animações (Meu malvado favorito 2, Universidades Monstros, The Croods) Homem de ferro 3, além ser uma sequencia, todos sabemos de sua inspiração na HQ homônima. Velozes e Furiosos 6, outra sequencia. Homem de aço, o azulão mais aclamado da DC Comics. Guerra Mundial Z é adaptação de um homônimo romance literário de Max Brooks. Oz: Mágico e Poderoso advém do saudoso Mágico de Oz. Star Trek  - Além da Escuridão também mais uma sequencia, além de ser oriundo da velha e conhecida franquia de ficção científica. 









Pacific rim apesar de não ser oficialmente baseado em nenhuma outra obra e ser original, é inegável as imensas influencias dos animes (por exemplo, em Evangelion) e seriados japoneses (metal heroes e tokusatsus)




Não vem ao caso a discussão de que roteiros e referências genuinamente originais são melhores, temos adaptações inesquecíveis (Senhor dos Anéis manda um oi!), algumas questionáveis (Crepúsculo) e algumas ótimas expectativas (The Hobbit: Desolação de Smaug e World of Warcraft). Mas será que o cinema está realmente sofrendo de “adaptismo demasiado crônico”?

Deixem aí seu comentário e opinião sobre a situação atual do cinema e não se esqueçam de curtir nossa fanpage no facebook!



Por: Pedro Costa

Fonte:

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Nura: A ascenção do clã das sombras (Nurarihyon no Mago)

Mangá que tem como alvo principal o público shõnen, escrito por Hiroshi Shibashi ,lançado entre os anos de 2008 e 2013 no Japão e lançado no Brasil pela editora JBC no ano de 2012. A versão japonesa possui 25 volumes. Por aqui, até o momento (novembro, 2013) , o mangá  se encontra no décimo quarto volume.

Nura trata do mundo dos youkais. Para quem não sabe, youkais são criaturas sobrenaturais que existem para atormentar os seres humanos. Um youkai muito conhecido pela galera que curte anime é o Kurama, personagem de Yu Yu Hakusho, que era um youkai do tipo raposa. Além desse, outro que ficou muito famoso por nossas terras foi Inuyasha, um meio-youkai (hanyou), filho de um youkai e de uma humana.

Form humana de Rikuo Nura
Na história do mangá, somos apresentados ao jovem Rikuo Nura, neto de Nurarihyon, o comandante supremo dos youkais. Nurarihyon quer que seu neto assuma o clã da família Nura, porém Rikuo não deseja fazer parte do mundo dos youkais. O que ocorre é que Nura não é um completo youkai, pois possui 3/4 de sangue humano e 1/2 de sangue youkai, sendo filho de um hanyou e de uma humana. Em meio a tudo isso Rikuo vive sua vida de humano normalmente, indo para a escola e tentando ao máximo ser um humano normal. Porém, quando sua família está sofrendo ataque de outros youkais que querem tomar o poder, a verdadeira forma de Rikuo aparece. No período da noite Rikuo se transforma num poderoso Youkai, que diferentemente do Rikuo humano(de dia), quer liderar a família e montar seu próprio Hyakki Yako (um exército youkai). Com o tempo a forma humana de Rikuo se acostuma com a idéia de liderar o clã, mas mantem seu amor pelos humanos e proíbe os youkais que comanda de atormentar os seres humanos.


Outros personagens;

Kiyotsugu: Estuda na mesma classe que Rikuo e é um viciado em youkais. Fica o tempo todo no mangá procurando por youkais. Forma os cruzados de Kiyo, um grupo para caçar as criaturas demoniacas, do qual Rikuo participa!!

Kana Ienaga: Amiga de infância de Rikuo, também participa dos cruzados de Kiyo.


Yura Keikain: Yura era para ser a verdadeira inimiga de Rikuo, dado que ela é uma descendente de onmyôjis, uma verdadeira caçadora de youkais

Mulher da Neve: é uma youkai da família Nura, que protege Rikuo em sua forma humana. Parece meio apaixonada pelo Rikuo, assim como a Kana.

Forma youkai de Rikuo Nura
Enfim, fazia algum tempo que não lia mangás e acabei voltando a acompanhar esse mundo por causa de Nura. A história se desenvolve bem e passa de uma simples aventura para uma história que envolve terror (afinal, youkais são seres demoníacos, ora!). A arte do Shibashi é bem interessante e a maioria do tempo é bem limpa, só me incomodei em algumas cenas de luta em que as coisas ficam meio bagunçadas e você tem que ficar olhando bem pra ver o que está acontecendo direito. Outra coisa que me incomodou foi o fato de Rikuo ser chamado por seus subordinados de Sinhozinho, na tradução da JBC, eu procurei alguns scans pela net e a tradução que mais me agradou foi Jovem Mestre (que é mais típico de um japonês!!). A série ainda ganhou duas temporadas em anime com cerca de 25 episodios cada , uma intitulada Nurarihyon No Mago e a outra Nurarihyon No Mago: Sennen Makyou, que em breve terão suas resenhas aqui no Bad Bloc Magazine.

Apesar de ter sido lançado a quase um ano e meio aqui no Brasil, ainda é possível encontrar as primeiras edições do mangá em lojas como a Comix ou Saraiva e começar uma coleção que vale a pena

Por: Mr. B.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Injustice Gods Amoung Us (HQ)



Essa série de graphic novels da DC Comics se passa antes dos acontecimentos do jogo Injustice: Gods Amoung Us (abril de 2013) produzido pela NetherRealm Studios que também produziu Mortal Kombat (2011). 

Essa série de HQ's é basicamente o prelúdio de toda a história contada no game, onde Metrópolis é destruída e Lois Lane é morta pelo homem de aço de um universo paralelo que achava que estava lutando contra Apocalypse. Todavia, o nosso herói havia caído em uma cilada tramada por Coringa (o arquirrival do Batman), que usando uma fumaça delirante (essa fumaça era usada pelo Espantalho, outro vilão da série do Batman) que tinha Kriptonita como base, enganou o Super Homem. 

A partir desse momento o homem de aço mata o Coringa e decide que um regime ditado pelo medo seria a melhor opção para manter a paz. Mas, como sempre, nosso outro grande herói Batman intervém criando uma rebelião contra esse Superman (meio Mao Tsé-Tung com superpoderes), deixando alguns super-heróis em conflitos ideológicos.


A arte dos desenhos é incontestável, e são realmente muito bonitos. Os traços e todo o roteiro foi criado pelos mesmos criadores de Mortal Kombat, valendo muito a pena ler a graphic novel e jogar o game em seguida!!





Deixo aqui o link de um site com toda a série de HQs para quem quiser, e se possível comentem sobre a história que é espetacular!!



HQ ONLINE <--- Série Completa!!

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Enslaved: Odyssey To The West


A cultura Chinesa é uma das mais tradicionais e ricas do mundo. Culinária, artes marciais, música, religião, escrita, grandes construções fazem parte de um extenso cardápio cultural que influencia e impressiona o mundo até hoje. Uma das obras que fazem parte dos pilares da literatura chinesa e que serve de inspiração, de pano de fundo para Enslaved, objeto de análise de hoje, é Jornada Para o Oeste.

Jornada Para o Oeste é um romance escrito por Wu Cheng'en e impresso em 1592 durante a dinastia Ming (século 16). Junto de Três Reinos, Margem da Água e Sonho da Câmara Vermelha, faz parte dos 4 grandes romances clássicos da literatura chinesa que sempre são adaptados para o cinema, teatro, musicais e etc. A obra de Wu Chengen foi e ainda é o maior sucesso entre os 4 clássicos da literatura chinesa, sendo contado mesmo nos dias de hoje dentro das casas das famílias chinesas e sendo ainda inspiração para filmes (O Reino Proibido - 2008), animes (Dragon Ball), games (Enslaved: Odyssey To The West), entre muitas outras obras.

Ambientada durante a Dinastia Tang na China, Journey To The West (como é conhecido no Estados Unidos) descreve as aventuras do monge Xuanzang e seus três discípulos, Sun Wukong (o rei macaco), Zhu Bajie o porco, Sha Wujing o ogro, em seu caminho para a Índia, com a finalidade encontrar e trazer de volta as escrituras sagradas budistas. No decorrer de sua viagem para o Oeste o grupo depara-se com provações e tribulações que testam sua força espiritual. Sua busca comum para obter as escrituras, enquanto serve como o enredo principal, é também uma metáfora da busca pessoal de cada personagem pela iluminação.




Com esse plano de fundo, a produtora de jogos Ninja Theory (Heavenly Sword – exclusivo PS3) em 05 de outubro de 2010 lançou para PS3 e XBOX 360 Enslaved: Odyssey To The West, distribuido pela NAMCO BANDAI, e em 2013 finalmente foi lançado para PC.

O game se enquadra no gênero de ação e aventura em 3ª pessoa com algumas opções de upgrades em armas, barra de vida e escudo, bem simples nesse quesito. Durante a jogatina nada de muito diferente é desenvolvido no sistema de evolução do personagem, contudo, isso não atrapalha na diversão e na possibilidade de combinar técnicas e ataques diferentes, tudo de forma bem intuitiva, além disso é possível usar diferentes táticas de progressão dependendo de cada fase, por exemplo, é possível passar por uma fase de maneira furtiva ou evasiva, usar distração e etc.

Indubitavelmente a trama e os personagens do game são alguns dos pontos altos das aproximadamente 10 horas de gameplay. A história de Enslaved começa com o encontro inesperado de Monkey (o rei macaco de “Jornada para o Oeste”) com Trip (contextualizando seria o monge Xuanzang) na fuga de uma nave que estava prestes a cair sobre uma Nova Iorque devastada. Após se safarem do desastre aéreo, Trip coloca um dispositivo eletrônico na cabeça de Monkey que o obriga a seguir suas ordens. O grandalhão então passa a acompanhar a moça em direção a Oeste onde vive seu pai.



Durante a jornada além de deparar-se com vários mechs (robôs que caçam seres humanos), Monkey e Trip encontram-se com Pigsy (o porco), o personagem mais cômico do jogo e também da fábula chinesa. Porcalhão e mulherengo, Pigsy vira e mexe quer “passar a perna” no rei macaco,mas no fim acaba sendo um grande companheiro.

Monkey é muito forte e tem técnicas de luta corpo a corpo muito eficientes, contudo ele não conseguiria avançar nessa jornada sem alguns gadgets (bastão, luva, e uma espécie de nuvem voadora) que o ajudam a derrotar os inimigos. Trip também possui alguns dispositivos que facilitam avançar no jogo, por exemplo a habilidade de hackear mechs e usar suas habilidades em seu favor.

Um dos maiores destaques do game além dos belos gráficos e magníficos cenários, é MOCAP (motion capture), que nada mais é que a técnica de captura de movimentos através de sensores colocados no rosto e no restante do corpo do ator. Atores reais dão vida aos protagonistas dessa obra, destacando-se aqui Monkey, que foi interpretado por Andy Serkis (Gollum, King Kong, Caesar, Capitão Haddock, etc), especialista nesta arte de filmar os movimentos e dar vida a personagens feitos no computador.

Enslaved se mostra um jogo de excelente roteiro e personagens, ótima trilhas sonora, lindos gráficos, boa jogabilidade (bem intuitiva e simplificada), mas que peca por não possuir um sistema multiplayer e apenas um DLC (conteúdo para download). Essa deficiência não tira o brilho e qualidade do jogo, pois o gamer vai ficar completamente imerso na jogatina, contudo, infelizmente a falta de sobrevida ao game após as quase 10 horas de gameplay, fizeram com que o jogo não fizesse o sucesso que lhe é de direito.



Curiosidade: Monkey possui o bastão que aumenta de tamanho e a nuvem voadora que são usados por Goku em Dragon Ball.

Por: Japa

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Hiperrealismo de Doug Bloodworth


Comida e quadrinhos. Juntos, estes temas inspiraram Doug Bloodworth a pintar vários quadros hiperrealistas. Para quem ainda não conhece esse estilo, trata-se de uma técnica de pintura onde o resultado final é tão detalhado que normalmente é confundido com a realidade.

Como você pôde conferir na postagem de quinta passada, o mundo dos super herois vem sendo um alvo cada vez maior da arte realista. Nas imagens de hoje, podemos notar um paradoxo interessante: a representação de HQs clássicas, estas originalmente com desenhos mais simples e fantasiosos, com a realidade a sua volta, que com um alto nível de fidelidade visual acaba por denunciar um sentimento nostálgico de Doug.

Confira alguns de seus quadros:




















Você pode ver mais trabalhos do artista em 



E se gostou da temática, confira também as pinturas de Simon Monk, em


Por: Anjeira.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Oblivion



Mesmo com atraso considerável, pude finalmente assistir Oblivion (2013), filme do diretor Joseph Kosinski (Tron: Legacy – 2010) e estrelado por Tom Cruise. É um filme de ficção científica com temática pós apocalíptica, que me interessou bastante a partir do momento que assiste ao trailer, mas que por uma série de fatores só pude assisti-lo agora. Vamos então esmiuçar essa grande produção para vocês!

Em 2077, depois de uma guerra travada por mais de 60 anos, entre a raça humana e uma raça alienígena chamada Scavs, a Terra se tornou um local inóspito e devastado. Os homens venceram a luta, contudo o planeta tornou-se inabitável, fazendo com que o restante dos humanos sobreviventes buscassem habitação em Titã, lua de Saturno. Jack Harper (Tom Cruise), e sua esposa Vika (Andrea Riseborough), são alguns dos poucos humanos que ainda vivem no planeta. Os dois formam uma equipe, com a missão de reparar os drones (que são esferas aéreas não tripuladas) que caçam e mantêm os Scavs longe das enormes máquinas que sugam a água do mar que será levada à nave (Tet) que transportou os humanos até Titã, e que posteriormente repassará esses e demais recursos para os sobreviventes em seu novo lar.

Jack, diferentemente de sua esposa, gosta de onde mora e não se anima com a idéia de deixar a Terra. Ambos tiveram suas memórias apagadas antes da missão por motivo de segurança, porém, o primeiro tem constantes sonhos e visões de uma mulher misteriosa, que posteriormente cruzará seu caminho.

Com essa pequena introdução, sem muitos fatos que evidenciem a real situação dos dois personagens, acima descritos, a história toma corpo com uma série de acontecimentos, reviravoltas, apresentação de outros personagens, e outros fatores que dão ao filme certa consistência, mas que no geral não convence, e não supre todas as expectativas de quem assiste ao filme.

Em relação a efeitos visuais, fotografia, efeitos sonoros e trilha sonora, o filme vai bem, ou seja, no quesito técnico Oblivion é um filme muito bom. Tem ótimos cenários, muito bem ambientados para o conceito do filme, que de certa forma cativa, e que mesmo sendo um filme pós apocalíptico, consegue passar tamanha verassidade que dá vontade de estar naquele ambiente, e curtir a paz de um planeta sem o caos que faz parte do nosso cotidiano.

O que realmente me pareceu problemático é o fato de ter personagens pouco desenvolvidos, sem profundidade e os diálogos serem pobres e que soam meio clichês. Caracterizando assim a maior falha do filme que é ter Malcolm Beech (Morgan Freeman) e Sykes (Nikolaj Coster-Waldau – Jamie Lannister de Game Of Thrones), que são personagens que tinham grande potencial para se desenvolver, haja vista os grandes atores que os interpretam, mas que no geral não passam de figurantes de luxo para a história do filme.


Tom Cruise apesar de todas as críticas à sua vida pessoal, vai bem no filme, fazendo piadinhas (sua conversa com Bob o bobblehead do Elvis) e correndo bastante, ações que ele faz muito em seus últimos filmes.

Oblivion é um filme de ficção científica que se destaca pelos cenários e pela história, que até certo ponto é interessante e imersiva, mas que se perde no decorrer da narrativa, talvez pela falta de experiência do diretor (pois esse é apenas o segundo filme de sua carreira) ou talvez por falta de esmero com roteiro e desenvolvimento de personagens.

 

E vocês? O que acharam do filme? Deixe seus comentários abaixo e curtam a fanpage do Bad Bloc no facebook! Até semana que vem!

Por: Japa

sábado, 23 de novembro de 2013

Piratear ou não Piratear?

EIS A QUESTÃO!


A indústria de entretenimento e informação cresce em um ritmo vertiginoso, tanto no que se refere à quantidade de obras produzidas nos últimos anos, na quantidade de potenciais consumidores bem como no calibre das cifras envolvidas no seu processo de elaboração, execução, marketing e distribuição. São monumentais e onerosos filmes, seriados, jogos eletrônicos, músicas, livros e etc. A indústria, que ainda é regida pela velha estratégia mercadológica pautada em produtos físicos, trata os bens de ordem cultural e intelectual - e então imaterial - com uma materialidade exacerbadamente inadequada ao atual contexto. O alto preço para aquisição desse tipo de produção possivelmente advém, além da alta carga tributária no caso dos brasileiros, do repasse dos custos da fabricação somados com uma grande margem de lucros (nada que surpreenda, pois se trata de capitalismo e é assim que ele funciona). O ponto problemático é que os potenciais consumidores jamais pagarão por algo que eles acreditam ter um preço injusto ou além de suas capacidades financeiras. Não seremos ingênuos, se eles podem conseguir o mesmo produto gratuitamente, eles sempre consideraram “preço justo=zero dinheirinho”. Em países mais pobres ou desiguais, isso é uma regra muito mais enraizada, mas não se exclui os países desenvolvidos. Prova disso que países com alto padrão de vida e excelente poder aquisitivo por parte da população, continuam pirateando, obviamente com índices bem abaixo em relação aos demais.


Football Manager: o game mais pirateado de 2013!


Claro, essa é uma forma bem objetiva de ver a lógica do consumo, desconsiderando valores ou compromissos individuais que cada um estabelecerá com o sacro-santo mercado (alguns juram que sempre compram para apoiar altruisticamente a indústria e o mercado, amém!). O fato é que aparentemente as leis que regem a produção industrial e o mercado tradicional de bens materiais palpáveis, já não conseguem dar conta de tal imaterialidade. Muito disso se dá pelo fato de que diferente de um produto físico, a aquisição ou apropriação do bem não é o mais relevante, mas sim o acesso (talvez único) a ele. Outro fator é que produtos imateriais se multiplicam como o pão de cristo (aleluia!), o que é bem diferente do que bem material (como um carro ou um relógio, por exemplo) que a propriedade se concentra em um objeto específico e que a transferência de para o outro requer uma desapropriação. Por isso na pirataria online não há sensação de roubo, mas sim de partilha. Também não podemos ignorar que foi a indústria cultural do capitalismo que em primeira mão privatizou/arrendou/apropriou o primordial bem coletivo: a cultura humana!


O premio de seriado mais pirateado vai para...


Muitos argumentam que a pirataria prejudica a indústria de entretenimento, pois os próprios funcionários e/ou artistas terão que arcar com os prejuízos e desabonos. Existem ainda aqueles que esbravejam que com a pirataria, a indústria recebe menos dinheiro e assim a qualidade das produções cairiam. O fato é que nenhum artista e/ou funcionário perdeu emprego por conta da pirataria e nenhum também deixou de perder em tempos anteriores ao que Jack Sparrow entrou em ação, nenhum garantidamente teria aumento de seus ganhos ou parariam de ser explorados caso a pirataria acabasse. Ademais, a qualidades das produções não está decaindo, muito pelo contrário está cada vez aumentando mais, a revelia do aumento dos caribenhos online.
Ao que me parece, a luta dos antipiratas é muito mais uma luta dos deuses da indústria pela manutenção dos lucros exorbitantes, do que uma luta por uma justiça autoral e produtiva.
Não defendo a pirataria nua e crua, mas temos que reconhecer que é hora do mercado de entretenimento inventar fórmulas bem interessantes e atrativas (a Steam deu um passinho bem legal, mas é preciso mais) para que os seus consumidores não recorram aos sites “alternativos”. Quem sabe é hora da própria indústria se reinventar, deixando o vírus do alternativo e independente os contagiar definitivamente e saber fazer bom uso desse fator mutagênico X. Isso significa que políticas policialescas ou repressivas/opressivas antipirataria (leia-se: Microsoft) não farão nada além de aumentar a própria força da pirataria, estimulando a elaboração de fórmulas cada vez mais sofisticadas de burlar os sistemas, conforme o desejo humano demandar. Outra opção é deixar os piratas em paz...


            Qual a opinião de vocês sobre esse assunto bem mamilos? São contra ou a favor? Não vale deletar o arquivo mp3 correndo ai hein. Não se esqueçam de curtir nossa fanpage no Facebook!

Por Pedro Costa

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Marvel Noir

Andando” pelo mundo dos quadrinhos me deparei com uma série da Marvel que me deixou bastante interessado em ter os exemplares, e se trata da Série Noir dos super-heróis da Marvel.


Com uma pegada mais “dark” e histórias que se passam por volta da década de 30 (1930), a Marvel conta histórias de diversos personagens como Homem-aranha, Homem de ferro, Luke Cage, Wolverine e outros com possíveis uniformes para a época e muita ação, histórias adultas e diversão garantida para quem curte o mundo dos quadrinhos.

Dou ênfase para os X-Men Noir que se passa com uma história diferente em que o professor Charles Xavier, aparentemente um criminoso, treina seus alunos para melhorarem suas habilidades e lutarem contra um chefe de detetives corrupto da cidade de Nova York, Eric Magnus (Magneto). E o diferencial é o fato de nenhum personagem possuir poderes como na séria clássica que todos nós conhecemos.


 Todos os heróis repaginados dessa série lutam contra o crime de forma diferente e bastante humanizada por não possuírem poderes especias, o que deixa a série com um gostinho diferente ao se ler, Cheio de ação e aventuras com certeza as Séries Noir da Marvel merecem seu lugar no ranking dos quadrinhos aclamados e bem estruturados, em minha opinião.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Vida longa ao Play Station 3 e ao Xbox 360

Enganam-se quem disser que a vida do Play Station 3 e do Xbox 3600 esta acabando. É isso mesmo, os principais representantes da sétima geração de consoles de videogame que revolucionaram o mundo dos jogos desde os seus lançamentos, ainda possuem muita lenha pra queimar.



O Play Station 3, que veio com a proposta de um serviço unificado de jogos online (PlayStation Network – PSN), grande capacidade multimídia, formato de disco Blu-Ray de alta definição (sendo o primeiro no mercado) e conectividade com várias outros aparelhos da Sony, não irá nos dizer adeus tão cedo. O Xbox 360, o maior concorrente do PS3, que possui a Xbox Live para também proporcionar aos jogadores partidas online, baixar jogos, shows, música, mas que teve como maior sucesso o lançamento do Kinect, o sensor de movimentos que possibilita ao jogador interagir e jogar o console sem um joystick, não vai parar tão cedo.

Ambos ainda têm muito a oferecer com um catálogo de dezenas de excelentes títulos multiplataforma e exclusivos lançados ao longo desses sete anos. Aliás, os preços desses jogos serão o grande atrativo agora. Vários deles podem ser encontrados na faixa de 79 a 129 reais que podem ser adquiridos em mídia física ou mídia virtual (esses ainda mais baratos). Os dois também apresentam em seu sistema online uma variada enorme de jogos clássicos, sendo que no Play Station 3 você consegue adquirir jogos famosos e bem baratinhos que fizeram muito sucesso no Play Station 1 e 2 (vejam no link abaixo a lista que montei dos jogos que em minha opinião foram os melhores do PS1 e aguardem que uma lista dos 15 melhores do PS2 já esta a caminho).


Falando em preços, os consoles já podem ser encontrados com um valor de venda ótimo e se você tiver paciência para pesquisar bastante com certeza encontra várias pechinchas.




O que ainda dá mais gás para o PS3 e o XBOX 360 é que a leva de exclusivos dos seus sucessores ainda esta bem longe do ideal e, na opinião de Tony Key, vice-presidente de marketing e vendas da Ubisoft dos Estados Unidos, a culpa é daqueles que nos divertiram a tantos anos e ainda nos divertem. É isso mesmo, o Play Station 3 e o Xbox 360 acabaram sendo uma pedrinha no sapato dos novos consoles.

"No momento, todas as editoras estão fazendo a transição de seus recursos de desenvolvimento. Para um jogo como o Assassin's Creed 4: Black Flag, a maioria das vendas continuará acontecendo nas plataformas da geração atual. Não podemos fazer uma versão para o Play Station 4 ou Xbox One que seja tão diferente que não possamos comercializá-las juntas. Então, por enquanto os desenvolvedores e designers estão focados em criar jogos que funcionem realmente bem em todos os sistemas - mas conforme fizermos a transição de recursos para a próxima geração, será mais difícil fazer isso porque o poder destas máquinas permitirá muito mais criatividade." (Fonte: GameVicio)

Masaru Kato, vice-presidente e CFO da Sony, informou também que o Play Station 3 possui sim vida longa.

"O PS3 está no seu sexto ano e acredito que ainda tem uma longa vida. E agora já não estamos numa fase na qual perdemos dinheiro com o console. Existem discussões sobre a próxima plataforma, mas não posso falar sobre isso de momento. Mas, de qualquer das formas temos muito negócio no PS3." (Fonte: Eurogamer)

Yusuf Mehdi, diretor de marketing da Microsoft, foi ainda mais direto. Além de informar que o Xbox 360 receberá no mínimo suporte até 2016, prometeu que haverá lançamento de pelo menos 100 jogos para o console.

"Se você perceber que essa plataforma (Xbox 360) durou de sete a oito anos e ainda estará por aí nos próximos três anos, é incrível o quanto ela foi rentável. (...) Nós continuaremos investindo no Xbox 360 e dois aparelhos podem coexistir. (...) Continuaremos produzindo para ele. Na verdade, faremos mais de 100 games para ele, então você continuará jogando".

A verdade é que as empresas irão precisar fazer um investimento altíssimo para os jogos se mostrarem bem superiores nos novos consoles e toda essa situação pode e deve ser considerada normal, até porque a transição dos jogos do Play Station 2 e do Xbox também encontraram várias dificuldades, o que resultou em jogos para Play Station 3 e Xbox 360 que não eram muito superiores que os seus antecessores.

Aliás, mesmo que o lançamento dos novos consoles esteja contagiando, empolgando e prometendo muito aos jogadores, seus preços altíssimos (principalmente no Brasil) os transformam em produtos para poucos e todo o seu potencial não será aproveitado ainda.






Enfim, veremos e jogaremos muito ainda os consoles Play Station 3 e o XBOX 360. Quem ainda não comprou algum dos dois (ou os dois até) e tem vontade de jogá-los, essa é a hora, pois irão ocupar agora uma grande parcela no mercado em termos de custo-benefício e daí não saíram por um bom tempo.

Por: Matheus Coelho