Em
mais um post da série Do Fundo do Baú, hoje falaremos sobre mais uma obra de
arte do mestre do cinema de animação japonesa, Hayao Miyazaki. Depois de
comentarmos sobre o filme A Viagem de Chihiro no post passado, chegou a hora de analisarmos O Castelo Animado.
O Castelo Animado
(2004) é um filme de animação dirigido por Hayao Miyazaki e produzido pelos
famosos Studios Ghibli. Sua história
é uma adaptação do premiado livro Howl’sMoving Castle (1986), da escritora inglesa Diana Wynne Jones. O filme de
Miyazaki além de ganhar diversos prêmios em vários festivais de cinema por todo
o mundo, foi também indicado ao Oscar
de Melhor Filme de Animação do Ano de
2006.
A
obra se passa em um mundo de fantasia e narra a história de Sophie, uma jovem sem
muitas ambições, e que se vê obrigada a cuidar dos negócios da família (uma chapelaria)
nas terras de Ingary. Certo dia
nossa heroína sai do trabalho para visitar sua irmã Letty, quando é abordada por militares que a tratam de maneira
desrespeitosa, sendo salva por um jovem misterioso. Posteriormente, Sophie vem a
descobrir que aquele rapaz é o famoso mago Howl,
o mestre do castelo animado.
Na
volta para casa, Sophie é surpreendida
por uma bruxa que lhe lança uma maldição roubando sua juventude e beleza. A
moça (agora idosa) então resolve rumar sozinha para longe do único mundo que
conhece, em busca de um novo lar. Assim se inicia de fato os acontecimentos
dessa bela obra, e aos poucos vão sendo apresentados um por um os personagens
principais da obra, como por exemplo Calcifer
(demônio do fogo que movimenta o castelo), o próprio Howl em suas várias formas, Markl
(jovem aprendiz de Howl que vive no castelo) e assim por diante.
Como
é de praxe em toda produção dos Studios
Ghibli, os elementos técnicos são executados de maneira perfeita. Existe um
capricho muito grande nos traços e peculiaridades utilizados em cada personagem,
objetos são colocados e detalhados com perfeição em cada cena, e os cenários
são simplesmente de cair o queixo, é espetacular.
Outros elementos que estão
enraizados nas animações japonesas são os roteiros bem trabalhados, diálogos
extensos e profundos, personagens marcantes e bem diferentes uns dos outros,
não existe preguiça no desenvolvimento de cada personagem que compõe o filme.
Um exemplo do esmero com os personagens é Sophie, que no início do filme era uma jovem melancólica
e solitária, mas que no decorrer do filme, e com uma maldição nas costas, é
obrigada a crescer e desenvolver uma personalidade forte que não tinha antes.
Cabe
também uma menção honrosa aos efeitos sonoros e trilha sonora, pois, novamente,
Joe Hisaishi (já citado no post sobre
A Viagem de Chihiro) aparece com seu
excelente trabalho em belíssimas canções que adicionam ainda mais emoção e
envolvimento entre o espectador e o filme. Ressalta-se também o ótimo trabalho
de dublagem dos personagens, o capricho e bom trabalho tanto na língua japonesa
(linguagem original) quanto na inglesa. As vozes fazem parte de cada
personagem, é incrível como em nenhum momentovocê fica com aquela impressão do
tipo “essa voz não encaixa com esse personagem”.
O
Castelo Animado, Howl’s Moving Castle ou Howl no Ugoku Shiro (nome original),
entrou com certeza na minha lista de melhores filmes que já vi. A história
envolvente somado com todos elementos técnicos dão a esse filme um nível de
qualidade muito alto, que só acrescenta força aos Studios Ghibli. Obra extremamente recomendada para todos que gostam
de belíssimos filmes e também para os fanáticos por animação.
E
você? Já assistiu ao filme? Deixe seus comentários abaixo e curta o Bad Bloc no
facebook! Grande abraço e até semana que vem!
Por: Japa
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